Thursday, 17 July 2014 18:09

Geosite é pioneira no país nos serviços especializados que presta

Ser uma referência a nível internacional é o objetivo desta jovem empresa criada por um grupo de investigadores e professores da Universidade do Minho e incubada, desde fevereiro deste ano, no IEMinho – Instituto Empresarial do Minho.
Direcionada para as geociências, nomeadamente nas áreas da conservação, geoturismo e cartografia, a Geosite trabalha todo o processo de valorização do património natural ligado à geologia. Perante a geodiversidade, esta empresa seleciona os elementos mais importantes, que contam uma parte da história da Terra, quer seja pela sua raridade ou pelo seu elevado valor científico, cultural ou estético. Nestes casos, poderemos estar perante geossítios, que merecem e devem ser preservados e promovidos.

Quando identificado um conjunto de geossítios num determinado território, há a possibilidade de o mesmo ser classificado como Geoparque. No entanto, esta qualificação da UNESCO exige três critérios essenciais. Além de ter património geológico de excelência – os geosítios –, um geoparque deve ter um projeto direcionado para o desenvolvimento sócio-económico sustentável e deve ter métodos de conservação e valorização do património, através do geoturismo, que valorize a natureza e as populações locais. Segundo explica Catarina Loureiro, técnica da Geosite, "ao contrário dos parques naturais, nos geoparques as pessoas podem aceder aos territórios, criando relações de proximidade com a população e promovendo um turismo sustentável".

Os geoparques ou candidatos ao título, como é o caso do Geoparque Terras de Cavaleiro, são os clientes e públicos-alvo da Geosite. No entanto, o mercado abrange outras áreas, como o ordenamento do território, a gestão e educação ambiental, o turismo científico e a conservação da natureza. Para todas estas áreas muito específicas, a Geosite apresenta como mais valia o seu elevado capital técnico. A equipa é constituída por cinco pessoas: Paulo Pereira, Teresa Mota, Catarina Loureiro, Ricardo Carvalhido e Madalena Torres, às quais se juntam os consultores científicos da Universidade do Minho, José Brilha, Diamantino Pereira e Renato Henriques.

Atualmente, a Rede Mundial de Geoparques, reconhecida pela UNESCO integra pouco mais de meia centena de parques. A tendência é de crescimento e, segundo Catarina Loureiro, "Portugal é um grande potencial".

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